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Thursday, September 26, 2013

Máscaras, do Teatro Grego as Manifestações no Brasil e sua Proibição no Rio de Janeiro



Na Grecia, com o nascer do teatro e da democracia, o espaço teatral exigiu a adoção de convenções como os cothurnos e o uso uso de máscaras, elas desempenhavam a função de caracterizar o personagem e atribuir-lhes expressões de raiva, medo, angustia, sofrimento, alegria e toda a gama de emoções sem a qual seria ininteligível boa parte das peças apresentadas visto as dimensões gigantescas do espaço teatral e seu público, que em algumas apresentações chegavam a 17.000 espectadores. O uso de máscaras também possuia a função de projetar a voz do ator através do orifício na boca, criando um som mais penetrante e forte e eram chamadas “per sona”, segundo Gabio Baso, a palavra persona tem origem no verbo ressonar. Carl Gustav Jung empregou o termo persona na psicanálise em vista da adaptação do ser humano para desempenhar determinados papéis sociais,  adotar atitudes convencionais e coletivas, e representar estereótipos culturais. Caracterizando assim também um personagem, uma persona, uma máscara social.
Durante as manifestações ocorridas no Brasil é de extrema singularidade a adoção das máscaras pelos manifestantes, sobretudo a adoção da máscara usada pelo personagem do filme V de Vingança (V for Vendetta). A máscara inspirada no revolucionário inglês Guy Fawkes que comandou uma revolta para tomar o poder na Inglaterra em 1605 teve sua popularização nas histórias em quadrinhos e posteriormente no cinema no filme de 2005 dirigido por  James McTeigue. Curiosamente a máscara de V de Vingança emprestou sua persona aos manifestantes brasileiros. O detalhe fica por conta de que ela ao contrário da máscara grega não possui seu orifício de voz, mas sim ostenta um sorriso questionador,  moldado por um cavanhaque e bigode. A falta desse orifício, usado para projetar e fazer vibrar a voz e sons parecia revelar que no Brasil os manifestantes estavam cansados em parte de fazer ressoar sua voz, de bradar por melhores condições sociais sem serem ouvidos. Apesar das palavras de ordens repetidas durante as manifestações o tom era de basta, era hora de partir para a ação. O manifestante que adotou o uso de máscaras ou cobriu o rosto estava ciente de que a repressão viria e veio em forma de Lei 6.528, publicada no Diário Oficial de 12/09/2013 que regulamenta o artigo 23 da Constituição Estadual do Rio de Janeiro: "É  expressamente proibido o uso de máscara ou qualquer outra forma de ocultar o rosto do cidadão com o propósito de impedir-lhe a identificação". Dos 70 deputados, apenas 12 votaram contra sua proibição. A lei também informa que será necessário avisar a autoridade policial sobre a reunião pública.
De uma forma contundente, mais uma vez as artes cênicas e a democracia se encontram. Do seu nascimento e apogeu na Grécia, com a solidificação do Teatro, apoiado pelos legisladores e administradores de Atenas que a fomentaram para construir a democracia nascente, e a proibição do uso de máscaras em manifestações democráticas no Rio de Janeiro, que contraditoriamente a medida imposta  por tradição e em todo o estado faz uso de máscaras nas mais diversas formas de expressão popular. Com raízes na tradição carnavalesca, com suas máscaras de bate-bolas, pierrôs e colombinas e tantas outras que cairam no gosto popular como a de personagens e personalidades públicas.
O Rio de Janeiro foi o palco a céu aberto do Brasil por excelência tendo tradição nas artes cênicas e utilização de adereços e fantasias de forma não convencionais em manifestações públicas na cidade ao longo de sua história. O uso de máscaras  nas manifestações também tiveram papel fundamental, alertaram que tinha chegada a hora em que não se pretendia mais apenas projetar a voz, utilizando-se dos artifícios da retórica sem o uso da ação.  Mas sim era a hora dos atores sociais agirem, atuarem. Ir para as ruas, mostrar seu sorriso questionador. Na democracia de fato não é necessário avisar a polícia,  basta pegar o adereço que melhor couber a sua persona e sair de casa, exercendo seu direito de expressão como cidadão e supra consciente de sua condição histórico cultural.

Tuesday, April 2, 2013

Cinema in Education To Start In Text Dramatic and Literature

         
  The cinema as an educational is resource has been exploited in the classroom so increasingly more frequent. Recently worked with Romeo and Juliet in Baz Luhrmann, with ninth graders, to initiate them on the dramatic text, and The Little Prince and Stanley Donen Lerner and Loewe's for sixth year. Many questions have emerged as the question of theatrical adaptation of text to film, contemporary reassembly, and on the form of dialogues. When questions arise about the dramatic text, there is interest in the drama, which may have its unfolding in the classroom with reading this, and later with performances.

To my surprise, only two students had read the book The Little Prince in a group of about 80. I myself have been reading it in adulthood. As a reader I am, I realized the flaw of not stimulating educational preteens to read the classics. And lack it brings to the learning process. With The Little Prince, working imagination, inquiry, curiosity finally working with a universe of imagination so necessary at that age. Saw the movie that sparked interest in the sixth-year students, most in the range of 10 to 13 years. 

As soon as I saw the interest that Romeo and Juliet awoke in young adolescents ninth year with the dramatic text adapted for the cinema. The questions about the context for the nineties, not the colloquial language. Thus reached the goal that I had proposed, they awakened interest in the scenic language. We talk about theater, film and stage. Anyway the classics is a real need to understand society, to question, to be able to contextualize the world and all the globalization process. And later to make choices. Without offering these can not do them, then accepting everything that comes in imposing when it comes to art, culture and entertainment.
 
Remembering that today is International Children's Book Day and birthday of Hans Christian Andersen.

Saturday, February 2, 2013


We are such stuff as dreams are made on


                                                                     Shakespeare